Nossa Experiencia na CCXP 2015 #NãoFoiNadaÉpico
- Felipe
- 19 de dez. de 2015
- 3 min de leitura

Chegamos ao fim de um dos melhores momentos na vida dos nerds brasileiros, a CCXP15.
É indiscutível a importância deste tipo de eventos para o país, já que cada vez mais atenção é dada ao nosso país, a tendência é recebermos muito mais eventos, e cada vez mais espaço no
cenário mundial. Por isso o sucesso de tal tipo de evento é imprescindível, especialmente, quando todos os olhos estão voltados para ele.
O feito ambicioso de trazer a Comic-Con para o Brasil em 2014 foi muito bem recebido, aguardado, e todas as expectativas para a primeira edição do evento foram superadas. Dizer que a primeira edição foi um sucesso é uma subavaliação, entretanto dizer o mesmo sobre a segunda edição, é simplesmente absurdo.
Apesar do evento ter sido grandioso em muitos aspectos (a quantidade e qualidade de expositores, e convidados especiais foi espantosa na segunda edição) a sede por aumentar a proporção do evento, superou a por fazer um bom evento. Infelizmente, houveram muitos
exemplos de amadorismo, desorganização, e simplesmente descaso por parte da organização, marcaram o evento mais do que os aspectos positivos.
Ao tentar proporcionar uma “experiência “do que acontece na Comic-Con original, os idealizadores pareciam ter esquecido do que é São Paulo e o que é San Diego, e ao fim do evento, nerds iam tristes de volta para casa aos centenas, seja porque as filas, desorganizadas, quentes sem banheiros ou água os privaram da feira por um dia inteiro, só para ser mandado de volta para casa sem entrar no auditório no fim do dia, ou car à mercê dos caprichos e da arrogância dos apresentadores de alguns painéis.
O descaso começava na entrada, desde a hora de pegar a credencial ate andar por meia hora em uma passarela improvisada e despedaçada por meio de uma construção, e o despreparo começava nas filas (seja para autógrafos, auditório, stands, painéis, pizzas de 18$,ou o
maldito banheiro) porém com certeza não permanecia ali. Dos quase 300 aguardando para ter a chance de ganhar um autógrafo do Frank Miller, apenas 80 entraram sem qualquer critério de escolha, não importou quem estava sentado contra a parede desde às 11h ou chegou na hora da la, quando a organização nalmente decidiu prestar algum tipo de “serviço”, enquanto os outros 220 foram deixados desamparados, e sem explicação. E o mesmo aconteceu
com Evangeline Lily, Jim Lee, entre outros. Em algumas las, pessoas realmente vieram mandar parte da multidão embora, porque não haveria chance delas participarem de nada, novamente sem explicação( falta de infraestrutura ou organização e preparo dessa vez ? ). E os episódios se repetiram por todo o evento inclusive nos dias “menos cheios“ de quinta e sexta, porem principalmente, no sábado.
Mesmo com a internet cheia de relatos de centenas de pessoas descontentes, a postura de todos se manteve a mesma: desdém. A pior de todas, na minha opinião, foi a de Érico Borgo, quanto ao
que ele mesmo fez como apresentador do painel da Netflix. -Eu, como whovian, me
senti pessoalmente ofendido, principalmente porque nunca tinha visto alguém tão cheio de si quanto ele foi durante o painel, porem assim que as pessoas começaram a reclamar ele deu
vinte passos atrás, e se manteve como apenas apresentador, e não o produtor e diretor executivo que ele é, e porque sempre admirei, li e acompanhei o omelete.- Ouso dizer, inclusive, que essa
atitude me irritou mais do que a do Pânico na Band, pois posso lidar com dez mil filas para ver
o ator que eu gosto, porém eu gosto mais ainda de ser respeitado.
Apesar de tanto transtorno a CCXP 15 realmente foi memorável. Muita coisa boa estava acontecendo, porem em meio a tanto descaso, é difícil não encontrar alguém que tenha uma longa lista de reclamações.
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